quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

BELA D'ERMESINDE

 

A BELA D'ERMESINDE


A BELA D'ERMESINDE

 

A BELA D'ERMESINDE




 

INTRODUÇÃO




       
     Para este despretensioso trabalho, corri ruas, tomei notas, consultei os meus arquivos de jornais e recortes antigos. Naveguei na Internet, mas... Foram principalmente importantes as monografias que li e de onde faço citações relevantes, para concretizar a ideia que tinha de reescrever um pouco da história deste Lugar de: “A Bela de Ermesinde”.
    Deixo a minha admiração e gratidão sincera a estes autores estudiosos por estas terras e pelo privilégio que me deram de os ler, sublinhando os seus exaustivos estudos, para aqui os citar, servindo os meus intentos de informar o povo e fazê-lo sentir mais orgulhoso do Lugar onde vivem. 
             
        BIBLIOGRAFIA
 
        Ermesinde — Registos Monográficos, de:
        Manuel Augusto Dias e
        Manuel Conceição Pereira
        2 Volumes – Edição da C. M. de Valongo/2001
 
        Ermesinde — Monografia, de:
        Humberto Beça
        Cª. Portuguesa Editora. Porto 1921
 
        Alfena — A Terra e o seu Povo, de:
        Padre Domingos A. Moreira e
        Padre Nuno António Maria Cardoso
        De 9 de Abril de 1973
 
        História de Valongo
        Subsídios para a sua interpretação, de:
        Joaquim de Sousa Camilo
        Edição da C. M. de Valongo/1982 
       
        “A Voz de Ermesinde” (Prof. Jacinto Soares)
        Edição do Centro Social de Ermesinde
        Em: www.avozdeermesinde.com
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SER FORASTEIRO

 
 
 
 
Esta minha terra de adopção
Onde vivo e criei filhos e netos
Mais não fiz, por defeito ou opção
Mas criei raízes e colhi afectos
 
 
  

    É verdade que não nasci aqui! Mas não me considero um forasteiro, primeiro porque resido neste lugar há trinta e seis anos, depois, foi aqui que criei os meus filhos e aqui foram crismados. Aqui me nasceram seis netos e um bisneto e como só tenho sessenta anos, 60% da minha vida foi aqui passada.
    Criei raízes, amizades e amor a esta terra, que me acolheu de braços abertos. Sou sócio dos Bombeiros, do Centro Social de Ermesinde e já fui sócio de bancada do S.C. Ermesinde.
    Com muito orgulho fiz parte da direcção da U.D.C.R. da Bela de 80/83, integrado numa equipa de homens que fizeram renascer o Clube. Sou autor do emblema e da letra do Hino. Fiz parte da Comissão de Obras que ajudou a construir o Parque de Jogos, o Parque Infantil e a sede desse Clube. Fui co-autor do projecto e construí a maqueta do Parque de jogos (infelizmente desaparecida...)
    Ajudei a fundar um grupo de amigos que durou vinte anos e ainda tem reminiscências. Colaborei em eventos culturais e recreativos. Organizei Rally’s paper’s e Passeios culturas. Enfim, ajudei o lugar onde vivo a tornar-se mais rico, humana e culturalmente.
    Posso dizer sem nenhum pretensiosismo, que só a minha timidez à mistura com um pouco de desânimo, não me deixou fazer mais. Quem me conhece, sabe do que falo.
      
 
    Num artigo de Marques de Almeida (Membro da Associação Amigos de Ermesinde), intitulado “Ser ou não ser forasteiro” em: “A Voz de Ermesinde”, de 28 de Fevereiro de 1990, pode-se ler o que define, muito bem, o que é ser forasteiro em Ermesinde,
      
    Passo a citar alguns trechos:


   «Ermesinde bem pode orgulhar-se de ombrear com as poucas vilas portuguesas que possuem mais densidade populacional.
    Na verdade, cerca de 7.500 habitantes por quilómetro quadrado, caracterizam esta vila como sendo das poucas que gozam desse privilégio.
    Hoje são bem conhecidas as fundamentais razões porque a nossa vila possui uma população já estimada em cerca de 52.000 almas.
     Com efeito, graças à criação do Caminho-de-ferro no ano de 1887 e da chegada dos eléctricos em 1916, esta vila está hoje na situação de “dormitório” da cidade do Porto, como é por muitos sarcasticamente qualificada.
    É bom que aqui fique dito, que ao fluxo populacional em massa, que se processou após a criação de tão importantes meios de comunicação, não são, de certo modo, estranhos os notórios factores de ordem económica que motivaram à opção por parte dessas populações, para se radicarem nas antigas terras de São Lourenço de Asmes.
    (...) Com o seu crescimento populacional, que transformou as suas características naturais, esta vila começou logo a sofrer um acentuado desenvolvimento nas áreas da indústria e do comércio.
    Como corolário desse grande desenvolvimento verificado, Ermesinde foi elevada, muito justamente à categoria de vila no ano de 1939.
    (...) Entre muitos habitantes de Ermesinde, que aqui vivem por acidente, creio que existem muitos com excelentes qualidades nos mais variados campos de acção, para colaborarem com todos os movimentos dinamizadores que lutam pelo progresso desta vila».
 
N/A: (Entretanto foi cidade em 1990, persistindo ainda o legitimo sonho, de ser concelho um dia!).