segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

CONHECE ERMESINDE ?


RETRATOS DE ERMESINDE - BELA


SÓ A ESCOLA LÁ EM CIMA, NÃO HAVIA MAIS EDIFÍCIOS


O MOINHO DO PANELAS E A PONTE DA LINHA DO MINHO


A PISCINA DO CPN, NA LEVADA DO RIO LEÇA


COM O CONTADOR AVARIADO, UM NOVO CONTADOR FOI EXPOSTO, MAS O ÚLTIMO CONTAVA COM 5.205 PARA SOMAR A ESTE NOVO. OBRIGADO AOS VISITANTES

domingo, 24 de novembro de 2013

HISTÓRIA DE ERMESINDE


Elevação de Ermesinde a vila

Ermesinde foi elevada a vila por Decreto publicado no Diário do Governo, de 12 de Julho de 1938, mas há muito que reivindicava esse título e até já o usava mesmo antes de ter direito a fazê-lo.
A primeira vez que a Junta da Freguesia local deliberou solicitar ao Governo a elevação de Ermesinde a Vila, foi na sessão de 11 de Novembro de 1928, quando presidia àquele Corpo Administrativo, Vicente Moutinho de Ascensão. Seria preciso esperar dez anos para que o Governo diferisse o justo pedido. No entanto, a referência a Ermesinde como vila começou a ser corrente desde esse ano, tanto na população, como na imprensa regional e nacional.
O Governo tardou a fazer justiça a Ermesinde, mas acabou por a elevar a Vila, através do Decreto-lei n.º 28.836, reconhecendo que Ermesinde era, então, a única freguesia do concelho de Valongo de 1.ª ordem, contava com uma população de aproximadamente 6 mil habitantes e a sua sede constituía um centro urbano de importância apreciável e de ininterrupto desenvolvimento, onde a indústria e o comércio estavam muito desenvolvidos

Elevação de Ermesinde a cidade

Nas décadas de 1970 e 1980, Ermesinde merecia já, quer pelo número de habitantes, quer pelas características da povoação o título de cidade.

Uma vez solicitado esse título pelas entidades competentes, a Assembleia da República deferiu-o como era de justiça, no dia 13 de Julho de 1990

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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

HISTÓRIA DE ERMESINDE


Abastecimento de água

Apesar de Ermesinde se situar numa região com muita água, justificava-se o abastecimento domiciliário dada a densidade urbana da povoação. Assim, em Setembro de 1973, era inaugurado festivamente o abastecimento público de água a Ermesinde, contava, a então vila, cerca de 25 mil habitantes.


Sendo Ermesinde uma terra já de certa dimensão, no início da década de 1920, e tendo diversas indústrias instaladas, várias vezes se insurgiram os seus moradores mais destacados pelo facto de não terem energia eléctrica, para utilização na indústria, na iluminação doméstica e, sobretudo, na iluminação das ruas. Tanto mais que esta última se tentou, nos primeiros anos da República, a acetileno, mas o resultado foi medíocre e, por isso, pouco tempo depois, foi totalmente posta de parte.
As actas da Junta de Freguesia estão carregadas de referências à preocupação com a vinda da energia eléctrica para Ermesinde.
A boa nova chegou ainda no período da Primeira República. Na sessão da Junta de Freguesia de 8 de Março de 1925, o Presidente deu conhecimento de ter recebido da Câmara Municipal de Valongo, um ofício a participar que, dentro de breves dias, iria abrir concurso para o fornecimento de energia eléctrica à vila de Valongo e a Ermesinde.
Entretanto, dá-se a “Revolução” do 28 de Maio de 1926, os cofres do Estado cortam substancialmente com as despesas públicas, e o problema da electrificação fica adiado, mas os ermesindenses não o deixam cair no esquecimento.
Finalmente, no dia 29 de Setembro de 1929, a um Domingo, a iluminação eléctrica era, festivamente, inaugurada nas principais ruas de Ermesinde.


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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

HISTÓRIA DE ERMESINDE

   
A era do crescimento descontrolado

A partir de meados do século XX, Ermesinde mudou muito – foi o crescimento “louco”, em avalancha, desorganizado e incontrolável das últimas décadas, que fez engrandecer a Gandra, a Travagem, a Bela, a Palmilheira, a Formiga e quase todos os lugares que se juntaram numa amálgama de casas e ruas, que já não permite saber onde começa e acaba cada um dos antigos lugares que integravam a remota freguesia de S. Lourenço de Asmes.
Nada escapou a este crescimento desmesurado, até a antiga Igreja Matriz, por pobre e pequena, foi demolida para no mesmo local se erguer o actual templo.
            Nas últimas décadas a população de Ermesinde mais que duplicou. Para tal facto contribuíram, por certo, as ocorrências políticas, como o 25 de Abril e a descolonização portuguesa, que obrigaram a retornar à Pátria muitos portugueses, mas também as melhores vias de comunicação ferro e rodoviária com o Porto e com todo o Norte de País que fizeram de Ermesinde uma zona especialmente atractiva. Por isso, a construção civil tornou-se uma actividade tão necessária como lucrativa, que transformou Ermesinde, em poucos anos, numa autêntica cidade-dormitório.


Preocupações urbanísticas

As preocupações urbanísticas com Ermesinde, sobretudo no que diz respeito a uma maior ordenação das ruas, com a atribuição de nomes, vêm do período da Primeira República.
Mas este tipo de preocupações não se fica pela atribuição de nomes às ruas de Ermesinde, tem que ver também com alguns melhoramentos particularmente relevantes, como foram a electrificação e o abastecimento de água.


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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

HISTÓRIA DE ERMESINDE


O comboio esteve na base do grande dinamismo local

Foi no período do Fontismo que as comunicações e transportes conheceram em Portugal extraordinário fomento. S. Lourenço de Asmes foi uma das terras dos arredores do Porto que mais beneficiou com a nova estrada de ferro, que permitia o transporte mais rápido e em muito melhores condições a pessoas e mercadorias.
Esta terra, próxima do Porto, foi escolhida para a bifurcação das linhas do Minho e do Douro. A partir de então, vai conhecer um crescimento enorme e inusitado, já que por ali passaram a circular todas as mercadorias e pessoas que da Região Norte (Minho e Trás-os-Montes) se dirigem à capital do Norte e vice-versa.
A estação foi, desde logo, buscar o nome ao maior aglomerado populacional das proximidades – Ermesinde – embora o nome da freguesia, S. Lourenço de Asmes, se tivesse mantido por mais algumas décadas.


Ermesinde e a Revolta Republicana do 31 de Janeiro de 1891

A humilhação resultante do Ultimato Inglês a Portugal em Janeiro de 1890 provocou a Revolta Republicana ocorrida na guarnição militar do Porto, na madrugada do dia 31 de Janeiro de 1891. Foi a primeira revolta de cariz republicano a culminar a onda de descontentamento que alastrara a todo o país.
A cidade do Porto foi um dos centros de maior dinamismo conspirativo contra a Monarquia decadente que juntava, entre outros descontentes, estudantes, militares, jornalistas e juristas.
A Junta Paroquial de S. Lourenço de Asmes, ao tempo presidida por Manuel Moreira Lopes, reunida extraordinariamente no dia 13 de Fevereiro de 1891, mostrou-se claramente favorável à causa monárquica, apressando-se a enviar ao Rei D. Carlos um telegrama de apoio.
Contudo, não podemos pensar que a generalidade da população de Ermesinde era favorável à manutenção da Monarquia. Bem, pelo contrário, uma parte importante da elite local simpatizava com a República, como se verá pela pronta adesão ao novo regime. Mas, mesmo no contexto da revolta republicana, havia em Ermesinde personalidades republicanas de grande relevo. Era o caso, por exemplo, de Vicente Moutinho que recebeu em sua casa, bem no centro de Ermesinde, várias vezes a figura mais ilustre do Norte do País do Partido Republicano, o Prof. Dr. José Falcão, um dos revolucionários do 31 de Janeiro e prestigiado autor da Cartilha do Povo.


Ermesinde após a implantação da República

Aquando da implantação da República, a povoação de Ermesinde está muito maior e bastante mais conhecida. Cresceu intensamente o lugar que deu nome à Estação da freguesia de S. Lourenço de Asmes, mas prosperaram também os outros lugares da freguesia. A sua Estação era já uma das mais movimentadas do Norte.
Assim, a Comissão Administrativa da Freguesia solicitou ao novo Governo Republicano a substituição do nome da Freguesia para o nome do maior lugar e mais central - ermesinde.
Três meses mais tarde (dia 6 de Fevereiro de 1911), o Ministro do Interior do primeiro Governo Republicano, António José de Almeida, deferia o pedido da Comissão Administrativa, e, no dia seguinte, o Diário do Governo publicava a referida resolução


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terça-feira, 23 de julho de 2013

HISTÓRIA DE ERMESINDE


A integração de S. Lourenço de Asmes no novo Concelho de Valongo

As guerras civis terminaram com o triunfo de D. Pedro e dos Liberais. Em 1836, pouco tempo após a derrota de D. Miguel e dos Absolutistas, foi criado o Concelho de Valongo, como justa homenagem e gratidão ao povo valonguense que terá ajudado os liberais nesta contenda fratricida, como manifesta a própria Rainha D. Maria II que, ao promover Valongo a concelho, refere expressamente que esta terra lhe merece gloriosa recordação por ter sido daí que D. Pedro IV, seu pai, dirigiu a vitoriosa Batalha da Ponte Ferreira. Com a criação do Concelho de Valongo, a freguesia de S. Lourenço de Asmes foi desanexada do Concelho da Maia para integrar este novo Concelho.


Ermesinde após a implantação da República

Aquando da implantação da República, a povoação de Ermesinde está muito maior e bastante mais conhecida. Cresceu intensamente o lugar que deu nome à Estação da freguesia de S. Lourenço de Asmes, mas prosperaram também os outros lugares da freguesia. A sua Estação era já uma das mais movimentadas do Norte.
Assim, a Comissão Administrativa da Freguesia solicitou ao novo Governo Republicano a substituição do nome da Freguesia para o nome do maior lugar e mais central - ermesinde.
Três meses mais tarde (dia 6 de Fevereiro de 1911), o Ministro do Interior do primeiro Governo Republicano, António José de Almeida, deferia o pedido da Comissão Administrativa, e, no dia seguinte, o Diário do Governo publicava a referida resolução

Da Guerra Colonial ao “25 de Abril”

A partir de 1961, data em que começou a deflagrar a Guerra em várias colónias portuguesas que aspiravam à independência (Angola, Moçambique e Guiné), Ermesinde contribuiu, também, com alguns dos seus homens mais jovens para esse combate apregoado como patriótico. Vários soldados pereceram ao serviço da Nação. São várias as referências nas actas da Junta a alguns desses mortos.

A revolução do 25 de Abril de 1974 poria ponto final à Guerra colonial. Sobre o 25 de Abril, a Junta da Freguesia de Ermesinde da presidência de Joaquim Alves de Oliveira (há 7 anos no desempenho do cargo), tomou uma posição de incondicional apoio e admiração.

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domingo, 23 de junho de 2013

HISTÓRIA DE ERMESINDE



Em 1828, com D. Miguel, regressou o Absolutismo a Portugal. Mais uma vez o Porto teve um papel primordial, no combate pela Liberdade.
De 1832 a 1834 travou-se a Guerra Civil, entre Liberais e Absolutistas. Toda a região envolvente do Porto foi nestes anos molestada pelas guerras dos Liberais que corajosamente se defendiam do Cerco que os Absolutistas lhe preparavam. Estas Terras serviram pois de palco às batalhas e aos movimentos militares que se desenrolaram entre os dois irmãos desavindos: D. Pedro, pelo lado dos Liberais, D. Miguel, pela parte dos Absolutistas.

Na Formiga, precisamente, nas proximidades do Convento da Mão Poderosa de Ermesinde, deu-se uma das batalhas que provocou mais baixas entre liberais e absolutistas

Ainda hoje existe, no lado direito da escadaria que leva à Igreja de Santa Rita, uma lápide que assinala o sarcófago onde repousam os restos mortais desses soldados que tiveram a desdita de cair na luta fratricida que cobriu de luto muitas famílias portuguesas:

AQUI REPOUZAM os restos mortais de humildes e desconhecidos soldados que, sacrificados nas lutas liberaes entre d. pedro e d. miguel pela ocasião do cerco do porto (1832-1834) foram sepultados em vala comum no adrod’esta egreja. /R.I.P.

O actual Colégio de Ermesinde, ao tempo Convento dos Religiosos Eremitas Descalços de Santo Agostinho, serviu de Hospital das forças de D. Miguel, que aqui terá estado mais de uma vez, uma delas ocorreu no dia 20 de Dezembro de 1832.




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quarta-feira, 24 de abril de 2013

HISTORIA DE ERMESINDE




Na conjuntura das invasões francesas, o Secretário de Estado do Reino enviou directrizes aos superiores das Congregações Religiosas em Portugal, para que tomassem providências com os objectos em ouro e prata, guardando-os em lugares seguros.
O Prior do Convento da Mão Poderosa, Fr. João de Santa Cecília, foi notificado da ordem em Outubro de 1807. Embora não se tenham certezas é provável que as alfaias religiosas em ouro e prata do Convento da Formiga tenham sido recolhidas no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra (era um dos três locais aconselhados pelo Governo português para se esconderem esses “tesouros”, os outros eram Tomar e Palmela, que ficavam muito mais distantes), donde, estamos convictos, nunca mais regressaram.
Na altura da extinção das Ordens Religiosas (1834), os objectos em ouro e prata que constavam da Relação dos Bens entregues pelo Convento da Mão Poderosa, valiam duzentos e noventa e nove mil, duzentos e oitenta e quatro réis.
Em meados de 1808, surgem várias insurreições populares contra a ocupação francesa na sequência da primeira invasão. O Porto dá o exemplo, ao substituir a bandeira do invasor pela portuguesa. O espírito de revolta alastra ao país inteiro.
A população de Ermesinde, mobilizada pelo toque dos sinos da Igreja de Santa Rita, comparece, segundo Serralves (Ermesinde / Ontem e Hoje, p. 5), em grande número no largo fronteiro à Igreja e «dá largas ao seu entusiasmo contra a vil canalha». Mais adiante, o mesmo autor acrescenta: «nas refregas das tropas regulares nas escaramuças ocasionais, quase anárquicas dos camponeses que se batem, Palmilheira e Baguim aparecem como centros principais de ataque e resistência aos franceses e afrancesados».
Ainda ocorreriam mais duas invasões (1809 e 1810/1811), mas o exército português, com auxílio dos ingleses, acabaria por afastar definitivamente os franceses do nosso território. Ficaram os ingleses a dominar-nos, mas o Porto, mais uma vez, resolveu o problema, ao preparar e executar a Revolução de 24 de Agosto de 1820

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segunda-feira, 1 de abril de 2013

HISTÓRIA DE ERMESINDE


Quando o regime liberal ficou circunscrito a uma das ilhas dos Açores (Ilha Terceira), a Regência sedeada na cidade de Angra do Heroísmo, através do Decreto n.º 25, de 26 de Novembro de 1830, criou pela primeira vez as Juntas de Paróquia, entendidas como corpos administrativos, nomeadas pelos moradores na Paróquia e com o objectivo de promover e administrar os “negócios que forem de interesse puramente local”.
Após o triunfo do Setembrismo surgiu, sob o Decreto de 31 de Dezembro de 1836, o primeiro Código Administrativo Português, que retomou a ideia da criação das Paróquias Civis (já tentada pela Regência Liberal da Ilha Terceira, e devidamente legislada pela Reforma de Rodrigo da Fonseca em 1835, com a Lei de 25 de Abril), tomando assim em consideração a existência dos mais pequenos núcleos de população que se haviam formado em torno das respectivas igrejas paroquiais. Foi também uma forma de diminuir as despesas públicas ao reduzir significativamente o número de concelhos.


No dia 24 de Julho de 1867, a Junta da Paróquia de S. Lourenço de Asmes, realizou uma sessão com o propósito de dar solução a este problema, e fê-lo propondo a união das paróquias de S. Lourenço de Asmes e de S. Vicente de Alfena, cabendo a sede da nova Paróquia Civil à primeira.
A Paróquia Civil de Ermesinde e Alfena acabou por não se constituir, já que a “Janeirinha” inviabilizou a concretização daquela legislação.
As Paróquias como núcleos de base da organização civil do território, só existiram efectivamente após 1878, com a entrada em vigor da reforma de António Rodrigues Sampaio, que previa que o Presidente e Vice-Presidente fossem civis, escolhidos entre os vogais eleitos

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sábado, 2 de março de 2013

HISTÓRIA DE ERMESINDE


Segundo o Padre Domingos A. Moreira, a Paróquia de S. Lourenço de Asmes já existia no século em que Portugal se individualizou como Reino, ou seja no século XII, inserida no Arcediago da Maia. Nas “Terras” e “Comarcas Eclesiásticas” da Maia se manteve até 1916, data em que se integrou na Vigararia de Valongo.
O edifício da Igreja Matriz, tendo como orago o mártir S. Lourenço, terá, provavelmente, acompanhado a evolução urbana da própria paróquia. É possível que o primeiro templo dedicado a S. Lourenço tenha existido nas proximidades dos Campos de Asmes, e que, mais tarde, tenha passado pela Ermida, actualmente de invocação de S. Silvestre, e que, finalmente, no século XVIII, tenha sido erigida a Igreja Matriz de S. Lourenço de Asmes no local onde hoje se encontra um novo templo, edificado já na segunda metade do século XX. A Paróquia de S. Lourenço de Asmes, para além da aldeia que lhe dá o nome, integrava, com certeza, as aldeias e núcleos agrícolas vizinhos, como Vilar, S. Paio, Ermesinde, Costa, Arregadas, Alto de Sonhos, Sá, Palmilheira e Travagem

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domingo, 3 de fevereiro de 2013

HISTÓRIA DE ERMESINDE


Antigos documentos referentes a S. Lourenço de Asmes e a Ermesinde

As Inquirições de 1258, referentes a Ermesinde e a S. Lourenço de Asmes comprovam a propriedade das terras, tanto como a existência da Paróquia de Ermesinde já nessa data, quando muitos jul­gavam que a mesma só teria surgido no século XVII.
A origem de S. Lourenço de Asmes parece ter sido junto ao Ribeiro de Asmes (também conhecido por Ribeiro de Sonhos), afluente da margem direita do Rio Leça, cujos campos eram bastante férteis.
A região de Ermesinde só ficou completamente livre dos conflitos inerentes à Reconquista Cristã, no século XI, e, portanto, só a partir daí é que de novo a aldeia foi renascendo, feita de gente que veio trabalhar os campos de Asmes, para entregar a maior parte da produção – sob a forma de rendas e de dízimas – ao Rei e aos Mosteiros que, nesta Região, compartilhavam as terras e a gente rural. Estes Mosteiros foram, como demonstram as Inquirições, os de Águas Santas e o de Santo Tirso.
Durante a Idade Média, a aldeia de Asmes foi-se tornando maior, as casas agrícolas multiplicavam-se, tanto aqui como nos restantes núcleos agrícolas em redor das margens do Leça e dos seus afluentes.
No princípio da Idade Moderna, as características de povoação rural mantiveram-se. Conforme se poder ver pelos foros que pagavam os residentes, a maior parte das terras pertencia então ao Mosteiro de Santo Tirso.
Pela nova Carta de Foral dada por D. Manuel à Maia (a que pertencia a paróquia de S. Lourenço de Asmes), em 1519, conhecem-se os foros e tributos pagos pelos casais aqui residentes.
De ano para ano, surgiam outras casas, outros lavradores que tiravam da planície do Leça o seu sustento, contribuindo, ainda, com os seus parcos excedentes para alimentar a cidade do Porto que crescia cada vez mais, com o desenvolvimento do comércio português e com o êxodo rural que, então, se encaminhava para as cidades do Litoral, onde se adivinhava uma vida menos dura e de maiores rendimentos.

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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

HISTÓRIA DE ERMESINDE



Dotada de terra praticamente plana – com pequenas elevações aqui ou ali – numa grande extensão, demarcada a Nascente pelas serranias de Valongo e da Agrela, é irrigada abundantemente pelo Leça e por outros pequenos ribeiros (Asmes, Tinto, Agras e Balsinha), o que, associado ao clima ameno, lhe deu sempre enorme fertilidade. Tais características foram aproveitadas pelo homem, que por aqui se fixou muito antes da nacionalidade.
No contexto do secular fenómeno da Reconquista Cristã, ter-se-ia repovoado e colonizado esta zona, rica pela fertilidade do seu terreno, e próxima da cidade do Porto, onde, rapida­mente, poderiam ser colocados os seus excedentes agrícolas.
Segundo alguns autores, estas terras teriam sido pertença dos Mosteiros de Águas Santas e de Santo Tirso, e de D. Ermezenda (donde derivaria o nome de Ermesinde que, até ao sé­culo XX, foi apenas um dos lugares da freguesia) – Abadessa do Mosteiro de Rio Tinto. Há, no entanto, quem afiance que a D. Ermezenda que dá nome a Ermesinde seja a D. Erme­zenda Guterres, de finais do século IX, princípios do século X, que casou com o Conde Hermenegildo Guterres, a quem D. Afonso III (o Magno), Rei de Leão, incumbiu de gover­nar as terras de Tuy, Porto e Coimbra.
À seme­lhança do que sucedia com outras terras da Região e do Reino, as terras férteis de S. Lou­renço de Asmes repartiam-se entre o Rei e os Mosteiros da Região.

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