quarta-feira, 24 de abril de 2013

HISTORIA DE ERMESINDE




Na conjuntura das invasões francesas, o Secretário de Estado do Reino enviou directrizes aos superiores das Congregações Religiosas em Portugal, para que tomassem providências com os objectos em ouro e prata, guardando-os em lugares seguros.
O Prior do Convento da Mão Poderosa, Fr. João de Santa Cecília, foi notificado da ordem em Outubro de 1807. Embora não se tenham certezas é provável que as alfaias religiosas em ouro e prata do Convento da Formiga tenham sido recolhidas no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra (era um dos três locais aconselhados pelo Governo português para se esconderem esses “tesouros”, os outros eram Tomar e Palmela, que ficavam muito mais distantes), donde, estamos convictos, nunca mais regressaram.
Na altura da extinção das Ordens Religiosas (1834), os objectos em ouro e prata que constavam da Relação dos Bens entregues pelo Convento da Mão Poderosa, valiam duzentos e noventa e nove mil, duzentos e oitenta e quatro réis.
Em meados de 1808, surgem várias insurreições populares contra a ocupação francesa na sequência da primeira invasão. O Porto dá o exemplo, ao substituir a bandeira do invasor pela portuguesa. O espírito de revolta alastra ao país inteiro.
A população de Ermesinde, mobilizada pelo toque dos sinos da Igreja de Santa Rita, comparece, segundo Serralves (Ermesinde / Ontem e Hoje, p. 5), em grande número no largo fronteiro à Igreja e «dá largas ao seu entusiasmo contra a vil canalha». Mais adiante, o mesmo autor acrescenta: «nas refregas das tropas regulares nas escaramuças ocasionais, quase anárquicas dos camponeses que se batem, Palmilheira e Baguim aparecem como centros principais de ataque e resistência aos franceses e afrancesados».
Ainda ocorreriam mais duas invasões (1809 e 1810/1811), mas o exército português, com auxílio dos ingleses, acabaria por afastar definitivamente os franceses do nosso território. Ficaram os ingleses a dominar-nos, mas o Porto, mais uma vez, resolveu o problema, ao preparar e executar a Revolução de 24 de Agosto de 1820

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segunda-feira, 1 de abril de 2013

HISTÓRIA DE ERMESINDE


Quando o regime liberal ficou circunscrito a uma das ilhas dos Açores (Ilha Terceira), a Regência sedeada na cidade de Angra do Heroísmo, através do Decreto n.º 25, de 26 de Novembro de 1830, criou pela primeira vez as Juntas de Paróquia, entendidas como corpos administrativos, nomeadas pelos moradores na Paróquia e com o objectivo de promover e administrar os “negócios que forem de interesse puramente local”.
Após o triunfo do Setembrismo surgiu, sob o Decreto de 31 de Dezembro de 1836, o primeiro Código Administrativo Português, que retomou a ideia da criação das Paróquias Civis (já tentada pela Regência Liberal da Ilha Terceira, e devidamente legislada pela Reforma de Rodrigo da Fonseca em 1835, com a Lei de 25 de Abril), tomando assim em consideração a existência dos mais pequenos núcleos de população que se haviam formado em torno das respectivas igrejas paroquiais. Foi também uma forma de diminuir as despesas públicas ao reduzir significativamente o número de concelhos.


No dia 24 de Julho de 1867, a Junta da Paróquia de S. Lourenço de Asmes, realizou uma sessão com o propósito de dar solução a este problema, e fê-lo propondo a união das paróquias de S. Lourenço de Asmes e de S. Vicente de Alfena, cabendo a sede da nova Paróquia Civil à primeira.
A Paróquia Civil de Ermesinde e Alfena acabou por não se constituir, já que a “Janeirinha” inviabilizou a concretização daquela legislação.
As Paróquias como núcleos de base da organização civil do território, só existiram efectivamente após 1878, com a entrada em vigor da reforma de António Rodrigues Sampaio, que previa que o Presidente e Vice-Presidente fossem civis, escolhidos entre os vogais eleitos

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