terça-feira, 4 de dezembro de 2012

HISTÓRIA DE ERMESINDE


Localização
Ermesinde, promovida a vila há mais de 70 anos, elevada a cidade há mais de 20 anos é uma Terra em constante progresso e crescimento, feita de gente laboriosa, que ao longo dos últimos séculos ali se fixou dada a proximidade da cidade do Porto, onde trabalham muitos deles.
Ermesinde é, das cinco freguesias que constituem o concelho de Valongo, a mais pequena em área – cerca de 7 km2 – e, simultaneamente, a mais urbana e populosa – cerca de 60 mil habitantes.

A freguesia de Ermesinde ocupa o Noroeste do Concelho de Valongo, faz fronteira com S. Pedro Fins e Águas Santas (do concelho da Maia), com a freguesia de Baguim do Monte (do concelho de Gondomar), e com as freguesias de Valongo e Alfena.


Efectivamente, Ermesinde ainda era, naquele tempo, uma terra equilibrada no seu crescimento, que “casava” bem com a beleza natural propiciada pelo idílico rio Leça.
Humberto Beça ao descrever Ermesinde da década de 1920, fala das suas indústrias, das pessoas e dos seus costumes, dos edifícios e palacetes, do movimento e principais destinos do comboio, das boas estradas que então tinha, do eléctrico que vinha do Porto, e do rio. Acerca do Leça escreveu:
«De margens deliciosas, pela arborização, variedade de paisagens, irregularidade do percurso constantemente cortado de açudes mais ou menos importantes, o Leça é conhecido já como um dos mais pitorescos rios de Portugal, de margens mais formosas, de campos mais belos, de pontos de vista mais atraentes». Efectivamente, Ermesinde era um lugar de belezas naturais, que aliciava a uma passeata nas tardes de domingo aos portuenses, que aqui vinham desfrutar dos bons ares e das belas paisagens.
Houve alguns que aqui construíram magníficos palacetes, como o do Mesquita.


LUGARES A VISITAR

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

ERMESINDE


Ermesinde foi elevada a cidade faz dia 13 de Julho 21 anos e tem pouco mais de 40 mil habitantes, segundo os dados provisórios dos últimos censos. A freguesia teve um ligeiro crescimento desde os censos anteriores, cerca de 500 habitantes em dez anos.


Este belo edifício, que pertenceu a um grande industrial e republicano de Ermesinde, proprietário da fábrica de tecidos de Sá, nas imediações, mostra uma curiosa traça arquitectónica e tem certa nobreza, com lindos painéis de azulejos, em tom azul, que tratam temas rurais de lindos efeitos bucólicos, a que o espaço envolvente, ajardinado, empresta um ar sublimemente idílico.
Os seus frondosos espaços verdes, com variadíssimas espécies de flora, de variegadas cores e formatos, constituem um verdadeiro embevecimento para quem, no seu quotidiano, frequente este espaço, ou passando na rua em frente, os contemple. No edifício principal do parque funcionam os serviços do Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental e do Pólo de leitura de Ermesinde




O Palacete do Mesquita NA Rua Prof. Sebastião Pereira,foi

Construção de 1920 com características de gosto abrasileirado

 

O Colégio de St.ª Joana na Rua Rodrigues de Freitas, n.º 2037

É um edifício de gosto ecléctico. Pertencia ao juiz conselheiro Magalhães. Em 1934 foi adquirido pela Superiora Geral da congregação das Irmãs Hospitaleiras da Imaculada Conceição. Passou o colégio de Tui para Ermesinde, por causa da Guerra Civil Espanhola. Pertenceu à família Sá da Bandeira.



O lugar da Travagem foi sempre mais desenvolvido (até mais que o centro de Ermesinde), devido a estrada de grande movimento entre o Porto e Guimarães, passando a gozar de grande prestígio, desde a construção da ponte de três arcos sobre o rio Leça, inaugurada em 1845 (e remodelada em 1990). Na Travagem nasceu quase tudo de importante que Ermesinde tem.


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

ERMESINDE


O Cinema de Ermesinde foi construído há mais de quarenta e cinco anos, encontra-se actualmente ao abandono. O prédio não é propriedade pública e o seu dono pede muito dinheiro por ele, assim, é difícil a sua recuperação.
Longe vai o tempo de grandes sessões de cinema com plateias cheias. Ficamos à espera que a Junta faça algo, mas é difícil nos tempos “maus” que atravessamos.

A Fábrica Têxtil de Sá, na Rua de Sá, foi Mandada construir por Manuel Pinto de Azevedo e Amadeu Vilar. Disponibilizava uma série de benefícios aos trabalhadores como refeitório, cooperativa, entre outros. As grandes naves terminam em fachadas de volumetrias geométricas, hoje muito arruinadas.





O CASTELO

O “Castelo” situa-se no ponto de intersecção da Rua do Calvário com a Rua dos Moinhos. Construção em pedra aparelhada e em termos de arquitectura é constituída, a nível do 1º andar, por duas guaritas avançadas de sentinela, pátio superior em granito, frestas para iluminação interior e rematada por ameias a toda a volta. Voltada a norte vê-se, ainda, uma inscrição com data da construção: — 1915, e com as letras M.V. referentes ao primitivo proprietário, cuja família era genericamente conhecida por Marques de Sousa. Num dos ângulos da fachada, virada a sul, foi incrustado um relógio de sol. Em 1972 este pequeno monumento passou para a posse dos actuais donos, que continuam a preserva-lo, para enriquecimento do património da arte popular da nossa cidade. 


A PONTE DO ESPANHOL
   
Muitos recordarão também aquela típica ponte, a “Ponte do Espanhol”, assim chamada por ligar, sobre a Rua Miguel Bombarda, as duas quintas desse homem radicado em Ermesinde. Era um gracioso monumento de arte popular que constituiu um verdadeiro “ex-libris” da região de Entrelinhas, ali quase junto à linha do Douro, onde a Rua Miguel Bombarda agora está cortada.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

BELA

Em 25 de Julho de 1971 (Faz no ano de 2011, 40 Anos), um grupo de amigos, juntou-se para fundar a UDB — União Desportiva da Bela. Da primeira direcção fizeram parte: Joaquim Lopes, José Mesquita, José Gouveia, António Adrião e António Sousa. Da garagem do Sousa, na rua de Macau nº 80, a sede saltou para o café “Pub Club”, propriedade do Manuel Sá que fez parte da direcção. Com a passagem do café em meados de 1975, a sede teve como recurso um barracão junto ao Leça, até que em 1978 com a presidência de Manuel Teixeira, o clube veio a instalar-se numa garagem da rua dos Açores, onde ficou até finais de 1983, daí, foi a instalar-se provisoriamente sob a bancada do ringue, ainda em construção, para definitivamente se acomodar em casa própria em 1985 junto ao Parque de jogos, na Rua Ilha Graciosa, nº 2.

ERMESINDE



O Ermesinde Sport Clube foi fundado em 16 de Agosto de 1936. Seu campo de jogos é o Estádio dos Sonhos que tem capacidade para 4.500 lugares. Milita na actualidade na 1ª Divisão da Associação de Futebol do Porto

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A BELA







A inauguração do busto do Padre Américo, erigida no lugar da Bela, foi feita por Monsenhor Miguel Sampaio, com o descerramento de uma lápide colocada no monumento onde foi gravada a seguinte inscrição: “Pai Américo / 1887-1956 / homenagem da População de Ermesinde / 5-10-1977”
A ideia e sua concretização, partiu da Comissão de Moradores, presidida por Marques de Almeida, e contou com a generosidade da população da Bela que não esquece aquilo que o Padre Américo fez pelos mais pobres, mesmo de Ermesinde.




Crónica do Jornal “A Voz de Ermesinde”:

…Jacinto Soares que dezenas de metros mais adiante, e já no lugar do Calvário, chamou à atenção para a existência de um campo de cultivo (junto à passagem de nível, na rua que vai para a Ponte pedonal ou Ponte verde como lhe chamam), que em tempos foi parque de jogos de basquetebol e andebol. Era o antigo Campo do Calvário no qual o CPN (antigo GPN – Grupo de Propaganda de Natação) realizava os seus jogos. Um pouco mais abaixo, o rio Leça servia de piscina natural aos atletas desta colectividade.             
Atravessada a passagem pedonal sobre o tão decantado, como poluído Leça, e após uma pausa frente à Escola da Bela, que deve a sua criação a Alberto Dias Taborda e ao apoio da família Oliveira Pinto (Esta escola começou a ser construída em 20 de Maio de 1935, mas só 6 anos depois foi concluída, iniciando o seu 1º ano lectivo em 1941/42).

quinta-feira, 19 de julho de 2012

A BELA


HOSPITAL PRIVADO

O Hospital Privado de Alfena (HPA) com um investimento inicial que ronda os 15 milhões de euros, de um total previsto de 50 milhões, e que serão criados cerca de 500 postos de trabalho. Este Hospital terá entre 70 e 90 camas e uma elevada componente de meios auxiliares de diagnóstico e consultas de especialidade. Uma das apostas será na área materno-infantil, nomeadamente numa maternidade com quatro salas de parto. Uma unidade de cuidados intensivos neonatais é, também, uma hipótese em aberto. A segunda e terceira fases do empreendimento (residências assistidas para a terceira idade, residências para estudantes e outras valências) ainda não têm datas previstas.

JARDIM DA BELA

O Jardim do Parque da Bela encontra-se junto ao Pavilhão da U.D.C.R. da Bela. Lugar aprazível com parque infantil, onde chegou a ser previsto a construção da escola secundária que depois foi edificada na Travagem




CENTRO DE SAÚDE

A construção de um novo Centro de Saúde na freguesia de Ermesinde foi uma reivindicação popular já com largos anos. Com uma população de referência entre 40 a 50 mil utentes, a cobertura de valências há muito que vinha gerando descontentamento. Assim, no dia 15 de Setembro de 2008, foi inaugurado o novo Centro de Saúde de Ermesinde na Bela.


O LUGAR DA BELA
                                                                 
O Nome da Bela (ou Vela), supõe-se já existir no século XIII, mas poucas alusões encontrei a este lugar ao ler algumas monografias sobre Ermesinde.
Porém, depois de exaustiva procura, pude encontrá-lo aquando da criação da Freguesia de Alfena, como escreveram na sua maravilhosa monografia sobre Alfena, os padres Domingos A. Moreira e Nuno António Maria Cardoso em: “Alfena a Terra e o seu Povo” de 9 de Abril de 1973.  

sexta-feira, 22 de junho de 2012

ERMESINDE


Moinho de 6 mós e grande canal de encaminhamento de água data de 1802. Este moinho era conhecido como o moinho do Panelas e com a construção de um muro eram aí represadas as águas do rio Leça, servindo o espaço de piscina de aprendizagem e local de competições desportivas de natação até aos anos 60 do séc.


O Clube de Propaganda da Natação, vulgarmente conhecido como CPN, nasceu em Agosto de 1941. A sua designação inicial era diferente da actual. O Grupo de Propaganda da Natação de Ermesinde, como então era denominado, surgiu graças à iniciativa de um conjunto de vinte conhecidos, que, liderados por um ecléctico desportista, de seu nome, Joaquim Lagoa, criaram um projecto que visava a propaganda da natação e era uma dependência do GPN do Porto. Contavam para isso com as condições naturais proporcionadas, na altura, pelo Rio Leça. A primeira “piscina” do então GPN situava-se neste rio, junto do Moinho do Panelas (ou Abade). Esta “piscina” foi a que o GPN passou a utilizar para treinos, competição e aprendizagem. Em 1944, o GPN de Ermesinde decide separar-se da sucursal do Porto e, é, então, que surge o Clube de Propaganda da Natação.




O Rio Leça nasce no Monte Córdova em Santo Tirso, no concelho de Santo Tirso a uma altitude aproximada de 420 m, percorrendo 48 quilómetros até à foz, no oceano Atlântico. Passa por Refojos de Riba de Ave, Lamelas, Reguenga, Água Longa, Alfena, Ermesinde, Maia indo desaguar no Porto de Leixões em Matosinhos na freguesia de Leça da Palmeira.
Os principais afluentes são a ribeira do Arquinho e a ribeira do Leandro, ambas da margem direita. Na margem esquerda, é de salientar a ribeira de Asmes que nasce no Monte dos Sonhos e desagua junto à ponte da Bela, aliás, foi esta ribeira que deu o nome ao lugar de São Lourenço de Asmes que hoje é a cidade de Ermesinde. O Leça banha as antigas terras rústicas da Maia e do concelho de Matosinhos, tendo sofrido profundas alterações aquando da construção do porto de Leixões, nos finais do século XIX. Os relatos dessa época descrevem-no integrado numa paisagem bucólica, correndo entre margens férteis, apresentando este rio e a sua rede hidrográfica como geradores de recursos naturais e consequente estabelecimento de aglomerados urbanos. Notícias curiosas do princípio do século XX referem o local da Ponte da Pedra como sendo um destino típico de recreio dominical, num açude pleno de pequenos barcos. Actualmente, atravessa uma região onde a actividade industrial é intensa, tendo sofrido os efeitos da falta de tratamento dos resíduos industriais, que ainda são, muitas vezes, lançados directamente nas suas águas. A degradação qualitativa das águas e dos sistemas biológicos é patente nas zonas afectadas pela actividade industrial ligeira, deposição não autorizada de resíduos, pondo em risco sistemas hidrogeológicos de interesse local. Consequentemente, este rio (apesar de muitos esforços na sua limpeza) tem sido considerado um dos mais poluídos da Europa.

sábado, 26 de maio de 2012

CULTURA



Nascido em Amarante em 1950, Manuel Bastos vive em Ermesinde desde a sua meninice. Serralheiro de profissão é (também) na escrita, que encontra a felicidade e como diz o Zé Mário Branco:
«A cantiga é uma arma / eu não sabia / tudo depende da bala / e da pontaria»
Neste caso, o Manuel Bastos faz dos seus versos a sua arma e com palavras certeiras deu-nos a conhecer o seu primeiro livro “Entre Palavras”.
É um homem de princípios, defensor dos valores que culminam na “verdade” e por isso escreve:

E os laivos de verdade / De verdade construídos
São poros de honestidade / Onde respiram os sentidos

A cerimónia do lançamento e apresentação ao público, decorreu no passado dia 19 de Maio, com o auditório da Junta de Freguesia de Ermesinde reservado para o efeito, mas á última hora mudado para o salão Nobre, onde ficaram dezenas de pessoas de pé. A Junta não se fez representar, o vereador do pelouro da cultura de Ermesinde teria um assunto inadiável? (digo eu!), talvez a final da taça europeia de futebol… á mesma hora que um digno cidadão da cidade mostrava “Entre Palavras” o que pensa, mas isso não interessa para nada!  

Obrigado amigo pelas suas palavras

ERMESINDE


PARQUE SOCER

Nos terrenos da antiga fábrica da Resineira, aberta em Junho de 1901, inaugurou-se em Agosto de 2009 o Parque Socer (acesso pela Rua Elias Garcia - Ermesinde), um espaço inovador que combina a paisagem natural com a paisagem humanizada, realçando a integração harmoniosa do Rio Leça num espaço de lazer e recreio. Destacam-se os equipamentos adaptados à prática de desporto radical, o circuito de manutenção, bem como o campo de futebol, para livre utilização por parte dos seus visitantes. O espaço inclui também um parque infantil com várias opções para as crianças.
Sem dúvida, um convite ao lazer e à prática de desporto no seio da Natureza

 




        O lugar da Travagem foi sempre mais desenvolvido (até mais que o centro de Ermesinde), devido a estrada de grande movimento entre o Porto e Guimarães, passando a gozar de grande prestígio, desde a construção da ponte de três arcos sobre o rio Leça, inaugurada em 1845 (e remodelada em 1990). Na Travagem nasceu quase tudo de importante que Ermesinde tem.
         Na década de 60, com a chegada do 1º Troleicarro a 17 de Novembro de 1968 e depois os Autocarros em Abril de 1995, era o local mais perto onde a população da Bela tinha acesso aos transportes públicos. Embora o apeadeiro da Travagem fosse há muitos anos, um ponto de partida e chegada de muitos trabalhadores na cidade do Porto e arredores. 
       Este lugar gozava do prestígio que lhe vinha desde o século XIX, com o privilégio de ter um hotel (o edifício ainda existe encostado à padaria Lino), quando o Leça era uma atracção turística de grande procura e nas suas águas se davam belos passeios de barco, ou se merendava nas aprazíveis margens.
      Nesse tempo em que a Fonte da Feira, em que se lê na pedra gravado: “AGOA SEMPOSSE - 1858” “Propriedade da Casa Lino”, ainda se bebia boa e fresca água.
       Foi ainda no Hotel Sobral na Travagem, que no dia 1 de Junho de 1921, foi fundada essa prestimosa instituição que são os Bombeiros Voluntários de Ermesinde.
       Com a construção da Feira de Ermesinde, inaugurada numa segunda-feira a 12 de Setembro de 1927, a par do fabrico da famosa “regueifa” da prestigiosa “Padaria Lino”, assegurado pela moagem continua dos moinhos ali perto, a Travagem ganhou outro incremento comercial. 
        Quanto à indústria, a Travagem orgulhava-se de possuir uma das maiores empresas transformadoras de materiais resinosos, a “Resineira” fundada em 1901. (demolida em 2006, embora hoje, ainda se possam ver as casas dos empregados com seus tons de verde).
       Outra das grandes indústrias na Travagem, é a fábrica de metalomecânica fundada em 1936, a “Felino”, fábrica ainda existente, embora a maior parte das suas instalações se mudassem para outro local do concelho.
       Mesmo na vertente desportiva, a Travagem pode-se orgulhar de ser ali, que o Ermesinde Sport Clube foi fundado, a 10 de Agosto de 1936. Assim como a Académica da Travagem nos anos 60.
        O Café Record inaugurado em 1965 foi ponto de encontro de muitas gerações. Teve grande movimento no período revolucionário quando ali se juntava a malta de esquerda do lugar.
       O tempo passou, o rio poluiu-se, as zonas de veraneio acabaram e surgiram a par do progresso, os grandes edifícios como a Churrasqueira da Travagem, inaugurada a 14 de Janeiro de 1969.
       A Linha do Minho alargou-se para via dupla em 1996, quando terminou a passagem “proibida”, para quem vinha da Bela e atravessava a linha. Foi construída uma passagem desnivelada e à fábrica “Felino” foi tirada uma boa fatia de terreno. Na ponte centenária do caminho-de-ferro sobre o Leça, também foi feita uma elegante obra de engenharia que não arruinou o seu traçado original. Ainda se procedeu simultaneamente na mesma data, ao alargamento do Pontilhão, única entrada da Bela até àquela época.




quinta-feira, 26 de abril de 2012

ERMESINDE


Capela do Sr. dos Aflitos, Lugar de Vilar de Matos em Ardegães
Capela de planta longitudinal e nave única, coberta por um telhado de duas águas. Fachada coberta com azulejo azul e branco de padrão discreto. A cobertura é rematada por uma cruz central e dois pináculos piramidais nos laterais. Nos anos 60 foi ampliada e ganhou uma sacristia, além de outras alterações de menor monta.

Igreja do Bom Pastor, Largo das Oliveiras
Construída entre 14 Julho 1957 a 21 de Abril de 1966.
Foi consagrada ao Divino Coração em cumprimento de um voto da Irmã Maria do Divino Coração, beatificada a 1 de Novembro de 1975.

Nichos da Sr.ª de Fátima
Partindo de lugares diferentes da cidade – Bela, Bom Pastor, Costa, Gandra, Saibreiras, Sampaio, Santa Rita, Sonhos e Soutinho –, convergem para o largo da Igreja matriz nove procissões de velas, acompanhando cada qual a sua imagem da Senhora de Fátima. O encontro de todos junto da Igreja matriz constituiu uma apoteótica e emocionante manifestação de piedade e comunhão. Esta magnífica e esplendorosa Procissão está enraizada no povo de Ermesinde desde há muitos anos, tendo começado em algumas localidades e espalhando-se a nove localidades da cidade de Ermesinde, o que por si só é uma obra fantástica e que reúne os habitantes da terra numa comemoração única no dia 12 de Maio.




Tudo leva a crer que a Capela de S. Silvestre seja o mais antigo monumento de Ermesinde e há quem diga ter sido a primeira Igreja Matriz deste aglomerado populacional que remonta ao tempo da nacionalidade.
A Capela de S. Silvestre, serviu de Igreja Matriz à Paróquia de S. Lourenço de Asmes conforme é revelado no catálogo dos Bispos do Porto, em 1625, o que dá a este templo, pelo menos a idade de 379 anos. Embora por cima da porta principal se encontre gravada a data de 1711, é de presumir que esta seja relativa a uma reconstrução deste templo.
O gracioso templo, dos tempos em que Ermesinde se chamava S. Lourenço de Asmes e que era uma pequena aldeia rural dos arredores do Porto com um recorte românico, apresenta um alpendre (tecto saliente que serve de cobertura à entrada do templo) anteposto à fachada principal, com 3 arcos em volta perfeita, um virado para afrente e os outros dois no sentido Norte-Sul. Lá dentro é venerado S. Silvestre que é o motivo da romaria que em Ermesinde se realiza todos os anos, na altura em que a população se despede do antigo ano a 31 de Dezembro e deseja sob a bênção do Santo padroeiro um Ano Novo, sem fome, sem doenças e sem guerras.
No período da 1ª Republica a Capela de S. Silvestre esteve quase a desaparecer. Na sessão de 21 de Maio de 1911, o Presidente da Freguesia, Amadeu Sousa Vilar, reconhecendo a grande necessidade que havia de proteger as crianças pobres, lembrou a construção de uma creche e disse que podia ser aproveitado o terreno da Ermida onde está a Capela de S. Silvestre, uma vez que esta estava num estado de completo abandono e já em ruínas.
Este estado de abandono deve ter começado nos finais do século XIX, mais concretamente em 1892, quando o adro da Capela de S. Silvestre foi cortado, pelo empreiteiro Domingos Marques Correia, ao construir a estrada de Ermesinde Á Codiceira. Na altura, a Junta de Paróquia de S. Lourenço de Asmes recebeu da Direcção das Obras Públicas 38 mil reis pela expropriação do terreno retirado ao recinto da capela.
No ano de 1920, a Junta de Freguesia entra na posse definitiva da Capela de S. Silvestre em troca de 100$00, tendo o Pároco sido obrigado a entregar a chave da mesma. A Junta destinou a Capela a escola primária, sendo o assunto registado em acta da Junta em 31 de Dezembro de 1921.
Dois meses depois (Fevereiro de 1922), uma comissão ofereceu à Junta uma porção de terreno contíguo ao que a Câmara possuía no lugar da Travagem com a mesma superfície do da Capela, para aí ser construída a escola, com a condição da Capela de S. Silvestre não ser demolida. A Junta não aceitou a oferta, por não ver nela qualquer vantagem (...)
(...) A Capela “salvou-se” precisamente num dos dias em que habitualmente se celebra a festa de S. Silvestre (28 de Dezembro).
Nesse dia, do ano de 1922, houve uma reunião conclusiva. A Junta resolveu aceitar o terreno oferecido pela Câmara no lugar do Souto, com a superfície igual ao terreno que ocupava a ermida.   
Em virtude desta resolução, foram entregues ao pároco da freguesia as chaves da Ermida.




IGREJA DA SANTA RITA

OU IGREJA DE NOSSA SENHORA DO BOM DESPACHO DA MÃO PODEROSA

Esta Igreja começou a ser construída a 12 de Outubro de 1749 na Quinta da Mão Poderosa, doada por Francisco da Silva Guimarães e por Francisca Carneiro da Silva, sua mulher, moradores na Cidade do Porto, à Congregação dos Eremitas Descalços de Santo Agostinho. Primeiro foram construídos os dormitórios do convento, servindo a velha ermida para os actos litúrgicos e orações, e mais tarde deu-se a construção da Igreja que ainda hoje se pode admirar, com a invocação de Nossa Senhora do Bom despacho que já se venerava na ermida anterior.
         Desde o inicio, apareceu a referência a Santa Rita de Cássia, que é venerada desde sempre pela Congregação, que celebra a sua festa todos os anos, no dia 22 de Maio. A devoção a esta Santa tornou-se tão grande em Ermesinde e nas redondezas que hoje a Igreja é conhecida por     Igreja de Santa Rita, embora o seu nome verdadeiro seja Igreja da Nossa Senhora do Bom despacho da Mão Poderosa. A Igreja do Convento terá sido levantada à custa de doações delegadas de muito fiéis sendo de destacar, a D. Mariana Victória (esposa de D. José I), cujas armas ficaram para sempre gravadas no novo templo. A Rainha concedeu este apoio monetário uma vez que o seu confessor era Frei António da Anunciação.
        A nova Igreja não é arquitectonicamente muito rica, mas pela sua enorme dimensão e por alguns elementos decorativos, inscreve-se num certo gosto barroco típico da época da sua construção. 
         Os Agostinhos da Mão Poderosa, tal como outras Ordens religiosas, eram em termos políticos, bastante conservadores. Prova disso é que tomaram partido pelas tropas Miguelistas, durante a Guerra civil que se travou em volta do Porto, entre 1832 e 1834, registando-se alguns confrontos mais sangrentos nas imediações do Convento. Nessa altura o Convento da Mão Poderosa tornou-se Hospital de Sangue dos Absolutistas, e o próprio Rei D. Miguel aqui veio para visitar os feridos de guerra, no dia 20 de Dezembro.
       Com a extinção das Ordens Religiosas, a Igreja do Convento passou a ser propriedade do Estado. Assim continuou a pertencer ao Estado mesmo quando o Convento e a propriedade anexa foram vendidos. Mais tarde, o Padre Kaufmann, Director do Colégio da Congregação do Espírito Santo, conseguiu que o Estado autorizasse que o templo fosse anexado ao seu seminário, o que viria a suceder por Decreto de 16 de Janeiro de 1895, tendo em consideração que ele se destinava à formação de Missionários para as Colónias Portuguesas.
       A partir desta data o Templo ficou associado aos diversos colégios que lá foram instalados e hoje pertence ao Colégio de Ermesinde, ou seja, é propriedade da Diocese do Porto, tal como o Colégio.
       Em 1953, Monsenhor Miguel Sampaio, que era director do Colégio, procedeu a profundas obras de restauro e conservação do Templo. São desse tempo os azulejos do interior da Igreja.
       A Igreja de Santa Rita converteu-se num centro de culto, aonde iam e vão ainda, todos os domingos, centenas de peregrinos cumprir as suas promessas. Existem alguns vestígios que alguns peregrinos deixaram durante a sua

segunda-feira, 26 de março de 2012

ERMESINDE


No âmbito do programa Polis, esta Praça da Cultura junto ao Fórum Cultural, tem um traçado elegante e de bom gosto. Numa das esquinas da rua, onde agora está um edifício moderno, esteve em tempos idos a sede do Ermesinde Futebol Clube.



A Igreja Matriz de Ermesinde localiza-se no centro da cidade de Ermesinde. A sua construção iniciou-se em 1968 logo de seguida da demolição da Antiga Igreja Matriz. É um edifício de linhas Modernas, construído a partir de cimento armado e alvenaria. Integra uma capela-mor elevada e uma torre sineira altíssima. Foi inaugurada a 20 Dezembro de 1981, por D. António Ferreira Gomes Tem 47m comprimento por 27 de largura e cerca de 7 andares de altura, sendo construída em betão armado e revestida em algumas partes por alvenaria. O projecto é do Arquitecto Alcino Costa e do escultor Mário Silva O fundo da capela-mor tem elementos escultóricos brancos de pedra calcária, tipo colunas côncavas e convexas, de diferentes alturas, tendo a mais alta 7,60m. O Sacrário em bronze, integra-se numa estrutura pétrea escura, de onde saem raios de diferentes comprimentos em todas as direcções. A cruz em madeira de Riga com a imagem de Cristo é dos escultores Ferreira Santos e oferta do Sr. Henrique da Silva Panelas, que já tinha oferecido o relógio para a Torre e a mesa para o altar-mor. Inclui o Painel da vida de S. Lourenço e o Painel da Santíssima Trindade.
O Cruzeiro da Igreja foi mandado construir pela Igreja como reacção ao mandado construir pela Junta de Freguesia em 1949 e é de estilo barroco. Assenta em 4 degraus sobrepostos, em forma de pirâmide. A base é um paralelepípedo com motivos vegetais nas quatro faces. Sobre este nasce uma coluna compósita de fuste canelado. O capitel de gosto coríntio sustenta uma esfera e uma Cruz no remate.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

ERMESINDE


Nos últimos 10 anos, Ermesinde tem experimentado um gradual crescimento populacional acompanhado da construção de novas e modernas infraestruturas que contribuem para a melhoria da qualidade de vida na cidade. O programa Polis permitiu não só a requalificação do centro de Ermesinde, mas também a criação de uma nova estação ferroviária e de espaços culturais e de lazer, como o Forum Cultural de Ermesinde, integrado no Parque Urbano Dr. Fernando Melo. O Fórum de Ermesinde foi construído recuperando parte da estrutura de uma antiga fábrica de cerâmica (“fabrica da telha”) existente naquele local desde 1920. A zona envolvente (parque urbano) consiste num espaço verde com um lago central e várias infraestruturas que merecem a sua visita!




Uma obra do futuro num edifício com história
A “Fábrica da Telha”, como era vulgarmente designada, foi fundada e iniciou a sua actividade em 1910, sob a designação de Empresa Industrial de Ermesinde, dedicando-se ao fabrico de telha tipo marselha e tijolo vulgar. Nos anos 20 atingiu grande prosperidade através da acção do seu director, Augusto César de Mendonça. Esta actividade foi crescendo e novos parceiros foram associados, dando origem a um excelente exemplo da arquitectura industrial de inícios do século.
Em 1938, passa a Empresa Cerâmica de Ermesinde e aumenta o leque das produções, incluindo o grés na lista das suas matérias-primas, transformado em tubos, manilhas, botijas, vasos, tijolos e vasilhas refractárias.
Depois de passada a Segunda Grande Guerra, a empresa é adquirida pela Companhia das Fábricas de Cerâmica Lusitânia, antiga Fábrica Bessiére, com sede em Lisboa. Em 1995, este espaço decadente é adquirido pela Câmara Municipal de Valongo e, a 18 de Maio de 2001, é inaugurado o Fórum Cultural de Ermesinde.
Com o intuito de descentralizar a oferta cultural nas suas mais variadas vertentes, o Fórum é um espaço Concebido para uma utilização diversificada, aqui decorrem, semanalmente, eventos no âmbito das mais diversas Artes do Espectáculo. Com uma capacidade de 302 lugares sentados, este auditório é apoiado por um gabinete técnico, dois gabinetes de tradução e camarins.
O projecto cultural traçado para este equipamento – onde o novo atravessa o antigo, no ciclo perfeito do Saber – assenta no conceito de contemporaneidade. Paralelamente, o Fórum Cultural de Ermesinde preserva um testemunho do passado que ainda se mantém na memória dos habitantes do Concelho, contribuindo para a criação de uma história viva e construída por todos.
O antigo forno cerâmico da fábrica – actual Galeria Museológica – é o espaço melhor conservado da estrutura original e o mais nobre do edifício. Foi mantido integralmente em termos estruturais e feito o aproveitamento dos respiradouros para a instalação das luzes e sondas de climatização.
Tanto a Galeria Museológica como a Galeria de Exposições albergam, agora, exposições temporárias, dos mais conceituados autores aos jovens talentos emergentes, abraçando diferentes vertentes artísticas (pintura, escultura, desenho, arquitectura, instalação, etc.).

ERMESINDE

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

ERMESINDE


PRAÇA DA ESTAÇÃO

Nos últimos dez anos, Ermesinde tem experimentado um gradual crescimento populacional acompanhado da construção de novas e modernas infraestruturas que contribuem para a melhoria da qualidade de vida na cidade.
O Programa Polis de Ermesinde arrancou oficialmente em meados de Dezembro de 2003, envolvendo um investimento global de 10 milhões de euros.
No âmbito deste programa, foram realizadas várias obras de beneficiação da cidade, como é o caso da Praça da Estação (anteriormente conhecida como "Triângulo do Canecão"), a Praça da Cultura (no átrio exterior do Fórum Cultural) e o jardim adjacente ao antigo Consulado do Equador, na Rua 5 de Outubro. Foram igualmente realizadas uma série de obras de beneficiação dos arruamentos, foi feita a recuperação e adaptação da Vila Beatriz a Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (CMIA) e Biblioteca.

ERMESINDE

Depois de demolido o prédio que estava mesmo no meio da actual praça, esta ficou mais airosa. Apenas o cruzeiro se mantém, defronte da capela de São Silvestre. Além do café “Gazela” (que deu o nome ao triângulo) pode-se admirar uma antiga residência de belo estilo e que em tempos albergou os Bombeiros de Ermesinde.