sexta-feira, 22 de junho de 2012

ERMESINDE


Moinho de 6 mós e grande canal de encaminhamento de água data de 1802. Este moinho era conhecido como o moinho do Panelas e com a construção de um muro eram aí represadas as águas do rio Leça, servindo o espaço de piscina de aprendizagem e local de competições desportivas de natação até aos anos 60 do séc.


O Clube de Propaganda da Natação, vulgarmente conhecido como CPN, nasceu em Agosto de 1941. A sua designação inicial era diferente da actual. O Grupo de Propaganda da Natação de Ermesinde, como então era denominado, surgiu graças à iniciativa de um conjunto de vinte conhecidos, que, liderados por um ecléctico desportista, de seu nome, Joaquim Lagoa, criaram um projecto que visava a propaganda da natação e era uma dependência do GPN do Porto. Contavam para isso com as condições naturais proporcionadas, na altura, pelo Rio Leça. A primeira “piscina” do então GPN situava-se neste rio, junto do Moinho do Panelas (ou Abade). Esta “piscina” foi a que o GPN passou a utilizar para treinos, competição e aprendizagem. Em 1944, o GPN de Ermesinde decide separar-se da sucursal do Porto e, é, então, que surge o Clube de Propaganda da Natação.




O Rio Leça nasce no Monte Córdova em Santo Tirso, no concelho de Santo Tirso a uma altitude aproximada de 420 m, percorrendo 48 quilómetros até à foz, no oceano Atlântico. Passa por Refojos de Riba de Ave, Lamelas, Reguenga, Água Longa, Alfena, Ermesinde, Maia indo desaguar no Porto de Leixões em Matosinhos na freguesia de Leça da Palmeira.
Os principais afluentes são a ribeira do Arquinho e a ribeira do Leandro, ambas da margem direita. Na margem esquerda, é de salientar a ribeira de Asmes que nasce no Monte dos Sonhos e desagua junto à ponte da Bela, aliás, foi esta ribeira que deu o nome ao lugar de São Lourenço de Asmes que hoje é a cidade de Ermesinde. O Leça banha as antigas terras rústicas da Maia e do concelho de Matosinhos, tendo sofrido profundas alterações aquando da construção do porto de Leixões, nos finais do século XIX. Os relatos dessa época descrevem-no integrado numa paisagem bucólica, correndo entre margens férteis, apresentando este rio e a sua rede hidrográfica como geradores de recursos naturais e consequente estabelecimento de aglomerados urbanos. Notícias curiosas do princípio do século XX referem o local da Ponte da Pedra como sendo um destino típico de recreio dominical, num açude pleno de pequenos barcos. Actualmente, atravessa uma região onde a actividade industrial é intensa, tendo sofrido os efeitos da falta de tratamento dos resíduos industriais, que ainda são, muitas vezes, lançados directamente nas suas águas. A degradação qualitativa das águas e dos sistemas biológicos é patente nas zonas afectadas pela actividade industrial ligeira, deposição não autorizada de resíduos, pondo em risco sistemas hidrogeológicos de interesse local. Consequentemente, este rio (apesar de muitos esforços na sua limpeza) tem sido considerado um dos mais poluídos da Europa.