A era do crescimento descontrolado
A partir de meados do
século XX, Ermesinde mudou muito – foi o crescimento “louco”, em avalancha,
desorganizado e incontrolável das últimas décadas, que fez engrandecer a
Gandra, a Travagem, a Bela, a Palmilheira, a Formiga e quase todos os lugares
que se juntaram numa amálgama de casas e ruas, que já não permite saber onde
começa e acaba cada um dos antigos lugares que integravam a remota freguesia de
S. Lourenço de Asmes.
Nada escapou a este
crescimento desmesurado, até a antiga Igreja Matriz, por pobre e pequena, foi
demolida para no mesmo local se erguer o actual templo.
Nas últimas décadas a população de Ermesinde mais que duplicou. Para tal
facto contribuíram, por certo, as ocorrências políticas, como o 25 de
Abril e a descolonização portuguesa, que obrigaram a retornar à Pátria muitos
portugueses, mas também as melhores vias de comunicação ferro e rodoviária com
o Porto e com todo o Norte de País que fizeram de Ermesinde uma zona
especialmente atractiva. Por isso, a construção civil tornou-se uma actividade
tão necessária como lucrativa, que transformou Ermesinde, em poucos anos, numa
autêntica cidade-dormitório.
Preocupações urbanísticas
As preocupações
urbanísticas com Ermesinde, sobretudo no que diz respeito a uma maior ordenação
das ruas, com a atribuição de nomes, vêm do período da Primeira República.
Mas este tipo de
preocupações não se fica pela atribuição de nomes às ruas de Ermesinde, tem que
ver também com alguns melhoramentos particularmente relevantes, como foram a
electrificação e o abastecimento de água.